segunda-feira, 2 de julho de 2012

Conforto e Incômodo

 Prefiro conforto do que incômodo. Incômodo não tem aparência de conforto, conforto não tem "cara" de incômodo. Mas.... O que é certo, é que o que hoje é "conforto" pode tornar-se incômodo, e o que é "incômodo" pode se transformar em grande conforto.

  Nós, seres humanos gostamos de nos autogratificar, gostamos do que é bom, gostamos de conforto. O que não gostamos muito é de admitir que a gênese do conforto é o "incômodo". É aquela velha história da cigarra e a formiguinha. A segunda esforçou-se no verão fazendo provisão para o inverno, enquanto que a primeira, apenas se autogratificou no verão, e no inverno sofreu a consequência.

  Pensando nessa história que muitos ouviram quando crianças, passo a ter receio do conforto, quando não gerado pelo esforço, sacrifício e entrega. Vejo gente se dando mal no casamento porque quer o conforto do outro, sem dedicar-se, entregar-se e até mesmo sacrificar-se pelo outro. Observo pessoas que reclamam do patrão, do país, de tudo, mas não se esmeraram por nada ou por ninguém.

  Há quem rejeite o conforto, isso é mal. Há quem não se dê o direito de sorrir, porque acha que a vida seja só chorar. Há quem seja tão "sério" que não tenha senso de humor. Quem ache que dinheiro é sujo, que ser rico é um "problema". Creio que precisamos dessas duas polaridades a funcionarem como engrenagem para nosso equilíbrio: Conforto e incômodo.

  Gozemos o conforto, sem desprezar o incômodo. Façamos do incômodo um forte candidato a conforto. Derrotemos qualquer tipo de conforto que nos conduza ao incômodo, abracemos todo incômodo que nos gere conforto. Que ninguém pense que tudo é conforto, que ninguém julgue que tudo seja incômodo, que em Deus encontremos o discernimento para todos os tempos da vida.

   Apreciando a vida com MODERAÇÃO
   Andre Luiz






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