sábado, 28 de janeiro de 2012

Indiferença, soldado da morte

A indiferença labora na agência da morte, é muito eficiente, acaba com a gente. A indiferença cala quando uma palavra apenas salva, não se enxergando, não enxerga a dor de ninguém. É jeito infantil de dar "o troco" que envelhece a alma. Seca os ossos, murcha a vida, perturba a mente e abre ferida.

Até hoje não consigo entender porque as pessoas caminham a indiferença. Será que matam por prazer? Quem os assalaria? Qual o sabor do fruto cuja semente chama-se indiferença?

É tão simples perceber que um sorriso cura, uma boa palavra anima, uma boa notícia é como água fresca em terra sedenta, um abraço transfere vida,  olhar nos olhos com bons olhos traz esperança, permitir que outros falem é justiça, resposta branda desvia furor, que amar o próximo é chamar Deus à nossa existência...  Então como entender a indiferença?

A fatura a ser paga pela indiferença demora a chegar, mas quando chega ninguém consegue ficar indiferente. Quanto mais lutarmos contra a nossa indiferença, mais o nosso coração se abre para viver o amor de Deus dentro de nós. Deus não julga meu relacionamento com Ele, somente entre eu e Ele, Ele é Pai Nosso, que está nos céus, de lá Ele vê como nos relacionamos com todos, pois isso também é relacionar-se com Ele.

As vezes a nossa indiferença reside na indiferença sofrida, porém a serviço da indiferença nós apenas mudamos a dor de endereço, e um dia a carta volta com o recado do Carteiro da Eternidade: NÃO EXISTE NINGUÉM COM ESSE NOME. 

Não existe ninguém a quem podemos endereçar nossa indiferença. É como tentar justificar o Holocausto dos Judeus pelo nazismo, alguém consegue?

Indiferença? Não é ninguém que eu conheça
Andre Luiz

Sem comentários:

Enviar um comentário