Minha carne e meu espírito moram juntos, porém, não se gostam. Durante toda uma existência não irão se separar, vão morrer lutando um contra o outro. Pior do que essa inimizade, é a forma como eu, que sou os dois, lido com isso.
Minha carne diz que sim, o Espírito que habita em mim diz que não, contudo insisto em dizer, talvez.
Minha carne precisa de alimento, meu espírito também, quanto ao primeiro, atendo com exagerada atenção, já o segundo, protelo.
Minha carne suja-se e eu prontamente limpo, meu espírito suja-se e as vezes nem percebo, quem me lembra é o Espírito que habita em mim.
Minha carne quer distrair-me, meu espírito concentrar-se, e eu, enquanto tento concentrar-me, por vezes me pego distraído. Miserável homem que sou (alguém já disse isso antes de mim).
As incompatibilidades são intermináveis, não há hipótese de conciliá-los, basta! Quero a Graça, quero o favor que não mereço, quero em mim o Sangue que não tem preço, é muito alto, eu reconheço. Quero coragem pra lutar, vencer esse inimigo que quer me matar, quero o Amigo que morreu pra me salvar. Quero a paz, e estou em guerra, vencer minha carne dizer: já era. Estou decidido, não diga que não. Quero mais e mais Nele, SALVAÇÃO.
Desistindo da carne
Andre Luiz
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