segunda-feira, 29 de junho de 2015

O Templo e o Exílio

 
  Durante o Exílio da nossa alma, não há outra opção, temos que aprender a viver sem Templo. Às vezes queremos resumir a nossa vida ao Templo, mas nem sempre a vida nos permite a clausura do tabernáculo. Ninguém escolhe o exílio, é o exílio que nos escolhe e nos coloca em movimento, nele testa-se a nossa Fé, é partir dele que dizemos o que significa Esperança para nós.

  Durante o Exílio os poetas expressam a dor da alma, falamos mais de dentro, deixamos de ser superficiais. No Templo, aprendemos a fazer um papel infalível, ninguém nos reconheceria se nos olhasse por dentro, lá no Exílio de nossas vontades e emoções. 

 Nossa identidade só aparece quando vem o Exílio, é como um casamento que revela que não sabíamos que éramos, é como a paternidade que nos mostra o quanto somos bem parecidos com os nossos pais.

 Exílio não é tempo fácil, mas é tempo de crescimento. Dentro do Templo não sabemos quem é quem, no Exílio porém nascem as maiores expressões e verdadeiras confissões.

  Ano que vem, Lá em Jerusalém
  André Luiz   



  


Sem comentários:

Enviar um comentário