segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Velocidade, Ruído e Entulho

  Somos a sociedade da velocidade, do ruído e do entulho. Queremos fazer tudo à pressa. Fazemos imenso barulho e juntamos muito, mas muito entulho. A refeição precisa ser rápida. A música assaz barulhenta. Vorazes consumidores que não sabem mais onde colocar tanta coisa, que em pouco tempo vai virar tralha.
  Todos dizem: "Não tenho tempo". Um coral que não canta, grita. Passamos boa parte do tempo acumulando coisas, não "perdemos" tempo deitando fora o que não usamos mais. Falamos mais alto que os outros para sermos ouvidos, atropelamos pessoas com a velocidade das nossas palavras, falamos um monte de besteiras (como acumulamos tanto lixo dentro da gente)!
  Queremos caminhar mais rápido, sem saber sequer para onde estamos indo. Quanto mais ruído, mais impressão de movimento. E vamos juntar lixo, com a idéia fixa de que um dia vamos usar para alguma coisa.
  Corremos, corremos, passamos pelas pessoas sem saber quem são, aliás nem quem somos. A música bem alta, uma forma de dizer: "Tirem-me daqui, não aguento mais viver assim". E mais lixo, com a promessa de um dia jogar tudo fora.
  O Mestre anda na contramão, Ele é manso, não tem pressa pois sempre chega na hora certa. Sua voz é suave, toca dentro da alma, onde nenhum grito é capaz de alcançar. Seu sangue lava-nos, limpa-nos da bagunça que fazemos, expurga todo entulho depositado, tudo que Ele nos dá é para ser usado.

Manso e Suave
Jesus está chamando
Andre Luiz

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